Plataformas Públicas

QUE MUSEU DA PARA A CIDADE, QUE CIDADE PARA O MUSEU?

Dada a ampla extensão e disseminação do Museu pelo espaço da Cidade, a amplitude das épocas cobertas pelos seus edifícios e espaços verdes e a relação que pode ativar entre a sua área de ação e outras áreas do conhecimento – como o ambiente e o urbanismo, por exemplo -, o Museu pode constituir-se como uma ferramenta privilegiada para compreender a evolução da cidade, as suas lógicas e dinâmicas, a sua respiração, as suas circulações subterrâneas, ou seja, aquilo que nela é visível e aquilo que não se deixa ver.

Queremos que o MdC seja muito mais do que um espaço de representação da cidade; queremos que seja um lugar de problematização e de discussão do espaço público, um fórum onde se produz cidadania, onde ouvimos e falamos, onde fazemos escolhas.

Estas plataformas públicas assumem uma geometria variável: podem ser mesas para conversar e projetar, auditórios para ouvir e partilhar questões e assembleias abertas em forma circular para debater.

MESA

JUL

Natureza-Museu

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Os três curadores das plataformas juntam-se na Casa Tait para conversar sobre o museu-em-construção e as problemáticas que o circundam.
Em tempos de pandemia, esta gravação é um convite para assistir e partilhar comentários e questões na sequência da Ata 1 do Gabinete Atmosférico.

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AUDITÓRIO

NOV

Alter-Natura:
podemos ser outros
do que somos

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Gravado na Casa Tait, o primeiro Auditório do Museu da Cidade propõe ouvir a perspetiva de Alastair Fuad-Like sobre as novas possibilidades de experimentação de conceitos e perspectivas tangentes à filosofia e ao design.

Em tempos de pandemia, este é um convite para assistir e partilhar comentários e questões na sequência da Ata 2 do Gabinete Atmosférico.

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ASSEMBLEIA

DIÁLOGOS ÍMPARES

DEZ

DIÁLOGOS ÍMPARES #19 — Museu de cidade hoje: interrogações e algumas convicções

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Reservatório ⓒ António Alves

Pretendemos com esta apresentação estabelecer um ponto de partida para uma conversa em torno da tipologia de museu de cidade e dos seus principais desafios na atualidade. Ao longo das últimas décadas, e mais intensamente a partir do início deste século, temos assistido a mudanças sistémicas surpreendentes em museus dedicados à história e à contemporaneidade de cidades em diversos pontos do globo, movimento que acompanha o próprio processo de transformação rápida dos centros urbanos. Daremos destaque a questões relacionadas com conceitos, missões e objetivos, posicionamentos e tentativas de definição desta nova geração de museus de cidade, incluindo algumas interrogações e convicções.

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DEZ

DIÁLOGOS ÍMPARES #18 — As três paisagens

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Joseph James Forrester, 1835. Litografia, 27,50 x 38,20 cm. Coleção Museu da Cidade – Extensão do Romantismo

A paisagem no quadro da cultura ocidental, entre valorização, desvalorização e revalorização. Paisagem como género, função de ativismo e opção museográfica e patrimonial.

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NOV

DIÁLOGOS ÍMPARES #17 — Anacronismo, Contemporaneidade, Inatualidade: o tempo da arte

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Vista da exposição “Metamorfoses, Imanência Vegetal, Mineral e Animal no Espaço Doméstico Romântico”; Extensão do Romantismo. © António Alves

Nesta época de uma arte que, nas suas correntes predominantes, se afirma como «contemporânea» e por conseguinte em correlação privilegiada com  o seu (e o nosso) tempo, esta Conversa propõe-se, como crítica explícita dessa auto-imagem «pós-moderna» da criação artística, interrogar o tempo da arte. Faz-se arte para o «seu» tempo? Ou, pelo contrário, o «seu» tempo é aquele para o qual a genuína arte não se faz, nunca se fez? Não será toda a arte, pela sua «origem» ontológica sempre repetida em cada nova criação, essencialmente inactual, anacrónica?

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NOV

DIÁLOGOS ÍMPARES #16 — Colecionadores, naturalistas e os Museus de História Natural

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Vista da exposição “Metamorfoses, Imanência Vegetal, Mineral e Animal no Espaço Doméstico Romântico”; Extensão do Romantismo. © Rita Roque

No passado, colecionar insetos era um passatempo que servia muitas vezes como ponto de partida para uma atividade naturalista que levava ao estudo da fauna de uma região ou país e culminava na publicação dos resultados dessa pesquisa. Nesta sessão apresentam-se algumas das coleções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto, elaboradas por colecionadores e naturalistas amadores, que dão o mote para uma conversa sobre a contribuição científica gerada pelos colecionadores e pelas suas coleções.

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NOV

DIÁLOGOS ÍMPARES #15 — A Imaginação Melodramática e o Cinema

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Sala "Animais como Retratos de Príncipes", montagem "Metamorfoses", Extensão do Romantismo, ilustração de Daniel Silvestre

Quando Peter Brooks deu sinal das transformações no teatro do século XIX, ele chamou a essa mudança a invenção da imaginação melodramática. Muito dos estudos de cinema fundam a estrutura narrativa clássica nessa imaginação, que teve o seu pico no melodrama familiar americano, nos anos 1940 e 50. Dialogando com expressões do romantismo expostas na Extensão do Romantismo do Museu da Cidade, Daniel Ribas procurará revelar as formas como o cinema também participa dessas expressões.

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NOV

DIÁLOGOS ÍMPARES #14 — O Recital de Música

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O recital de música, tal como é entendido atualmente, um concerto de um único artista num instrumento dedicado a um único género, tem a sua origem mais essencial na atuação do compositor Franz Liszt (1811-1886). e, ao longo do Romantismo, a figura do intérprete passou a competir com a do compositor, foi ele o maior responsável por elevar a condição social da sua profissão, após a influência de Beethoven, impondo costumes de forma sem precedentes aos seus pares, tornando empolgante e perdurável esta prática cultural. Já no século 21, os recitais/concertos de laptops apelam positivamente para o mesmo impacto na relação entre a música e a tecnologia.

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NOV

DIÁLOGOS ÍMPARES #13 — Arqueologia da Cerâmica Portuense

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Vista da exposição “Metamorfoses, Imanência Vegetal, Mineral e Animal no Espaço Doméstico Romântico”; Extensão do Romantismo. © Vasco Célio/STILLS

Nas épocas Moderna e Contemporânea, estabeleceu-se um importante centro produtor cerâmico nas duas localidades do curso terminal do Douro – Porto e Vila Nova de Gaia, especialmente reconhecido pela obra de “loiça fina” ou faiança. Louças, azulejos, ornamentos para arquitetura e jardim, telhas de beiral, entre outros produtos, foram amplamente produzidos e comercializados no mercado nacional e além-fronteiras, encontrando-se hoje representados em muitas coleções públicas e privadas, nacionais e estrangeiras.
A proximidade entre as cerca de quarenta unidades que aqui laboraram nos séculos XVIII e XX criou uma identidade comum no fabrico de ambas as margens, sendo difícil distinguir as produções, sobretudo nos exemplares sem marca. Nas últimas décadas, fruto das intensas operações urbanísticas, alguns dos espaços ocupados por esta indústria têm vindo a ser objeto de trabalhos arqueológicos, proporcionando novos olhares e contributos para o estudo da “cerâmica portuense”.

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OUT

DIÁLOGOS ÍMPARES #12 — A vida dos objetos: falando de coisas e seu contexto

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Vista da exposição Metamorfoses, Imanência Vegetal, Mineral e Animal no Espaço Doméstico Romântico; Extensão do Romantismo. © Vasco Célio/STILLS

As coleções expostas na Extensão do Romantismo, na sua extraordinária diversidade, revelam ou sugerem, na sua materialidade, funções e significados a diferentes escalas temporais, correspondentes a múltiplos contextos sociais, usos, reuso e descartes. Como é que um objeto chega a um museu? O arqueólogo António Manuel Silva aprofundará diversas leituras neste Diálogos Ímpares com moderação de Joana Alves-Ferreira.

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OUT

DIÁLOGOS ÍMPARES #11 — Jardins privados

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Sparrmannia africana

Contemplação, prazer e deslumbramento. Refúgio do ser humano no regresso à raiz natural do tempo que perpassa as estações climáticas. Esculpir o território com a terra e a pedra, com as plantas, os sons das águas e dos pássaros, e revelar panorâmicas dos horizontes paisagísticos. Os jardins privados do Porto são memórias históricas notáveis, quase esquecidos na absorvente tentação do crescimento urbano, intrinsecamente ligados ao espaço arquitetónico da casa como manifestação dos modos de habitar e socializar das famílias mais abastadas, e são um espelho esférico das viagens e dos olhares sobre o mundo botânico.

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OUT

DIÁLOGOS ÍMPARES #10 - A nova definição de Museu

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Vista da exposição Metamorfoses, Imanência Vegetal, Mineral e Animal no Espaço Doméstico Romântico; Museu Romântico. © Vasco Célio/STILLS

O ICOM (International Council of Museums) aprovou uma nova definição de Museu na sua última Assembleia Geral realizada em Praga, a 24 de agosto de 2022. Quais os novos caminhos traçados por esta definição? Como corresponder aos objetivos assumidos pela comunidade museológica internacional? Como podem os profissionais de museus e os museus portugueses participar?

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JUL

DIÁLOGOS ÍMPARES #9 - Rafael Bordalo Pinheiro – A Natureza dentro de casa

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Bordalo Pinheiro Jarra, Século XX Faiança vidrada, 28 x 10 x 24 cm. Acervo Museu da Cidade - Casa Marta Ortigão Sampaio

Neste Diálogo Ímpar, propõe-se uma conversa sobre a forma como Bordalo Pinheiro se apropriou da Natureza e a trouxe para dentro das casas.  No final do século XIX, a casa ganhava importância para a nova burguesia como espaço de receber e ostentar o estatuto social e a presença e elementos naturais era um fator de conforto e requinte.  Rafael Bordalo Pinheiro envolve-se neste mundo Natural, tratando-o com realismo ou desconstruindo-o em caricaturas, misturando talento e humor. 

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JUL

DIÁLOGOS ÍMPARES #8 - Murais do Silêncio

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José Almeida Pereira, Pintura mural, 2021. Tinta acrílica. Segundo Trabalho N.º 172, Emma Kunz

A partir da proposta de representar iconográfica e trans-temporalmente o espírito romântico na pintura, foram realizados murais na Extensão do Romantismo que evocam várias(os) artistas cuja pulsão criativa advém do desejo de manifestar um invisível associado ao sublime. Interpretações deste imaginário são a oportunidade de criar pinturas onde escala, composição, técnica e gesto lançam um repto às noções de original, cópia e autenticidade. Uma procura da potência das imagens, não na sua origem, mas no seu destino.

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JUN

DIÁLOGOS ÍMPARES #7 - Moedas e medalhas da coleção João Allen: de uma curiosidade do Romantismo à sua atual importância histórica e patrimonial

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Bracteata Tipo Siracusano 2.ª Idade do Ferro (post. 400-370 a.C.) Ouro 4,8 x 43 mm. Acervo Museu da Cidade. © Vasco Célio | Stills

Neste Diálogo Ímpar contextualiza-se o surgimento da coleção de João Allen na tradição do Grand Tour das elites europeias e do período do Romantismo em Portugal, que estará na origem da fundação do Museu da Cidade do Porto, em 1852. Em sequência, apresenta-se uma breve descrição da coleção numismática, com especial referência à sua dimensão de composição.
É depois tratada a importância da moeda como documento arqueológico, histórico, artístico, tecnológico e mesmo como monumento da cultura material desde o Mundo Clássico. Características que fizeram destes pequenos artefactos objetos muito desejados de coleção. Por último, far-se-á uma abordagem mais detalhada aos exemplares que integram a exposição Metamorfoses: imanência animal, vegetal e mineral no espaço doméstico romântico, conferindo-se um especial destaque à excecional bracteata de ouro fabricada na casa da moeda de Siracusa em finais do século V a. C.

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JUN

DIÁLOGOS ÍMPARES #6 — Além do Grand Tour: Portugal exótico e pitoresco

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Mesa de biblioteca de João Allen, Autor desconhecido, 1830. © Stills I Vasco Célio

Os estrangeiros que visitaram Portugal entre as últimas décadas do século XVIII e os finais do século XIX, e que escreveram ou registaram imagens sobre o país, foram essencialmente viajantes, artistas, escritores, poetas, diplomatas e militares.
Embora não estivesse incluído nos países habituais do Grand Tour, (França, Itália, Países Baixos e Alemanha), roteiro preferido para complemento da educação ou pelo prazer diletante de viajar, Portugal atraía os visitantes. A expectativa de encontrar algo de primitivo e exótico na paisagem monumental portuguesa configura-se como uma das principais motivações destas viagens a Portugal.

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JUN

DIÁLOGOS ÍMPARES #5 — Liberdade para pintar

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Pormenor "Santo António" (1902), Aurélia de Souza © António Alves

Desde meados do século XIX que os pintores passaram a dispor de inúmeros recursos, graças aos avanços da química, da mineralogia, mas também através do arrojo dos fabricantes de materiais de Belas-Artes. Novas cores enriqueceram a paleta, disponibilizadas em tubos colapsáveis dentro de caixas transportáveis; as tintas ganharam maior pastosidade e brilho; os suportes pictóricos diversificaram-se o suficiente para trazer os artistas para o exterior dos estúdios; os equipamentos e acessórios asseguraram o seu conforto. Por fim, os pintores podiam dedicar-se plenamente ao ato criativo, descomprometidos dos laboriosos trabalhos preparatórios que esta arte impunha. E de tudo isto, Aurélia de Souza foi exímia a tirar partido.

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JUN

DIÁLOGOS ÍMPARES #4 — O “efeito Museu”

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Elementos expositivos "Metamorfoses”, [A] Ainda Arquitectura, 2022

Os suportes expositivos concebidos para a nova montagem do Museu da Cidade – Extensão do Romantismo, estabelecem uma continuidade entre o espaço doméstico da casa, e dispositivos museológicos de apresentação e valorização das peças da coleção, escusando a recriação de ambientes cenográficos de ‘época’, ou a abstração do cubo branco ou da caixa negra que marcaram o século anterior, num processo de diálogo entre conceito, objeto e contexto. Como se desenvolveu o processo criativo do desenho expositivo, do conceito à sua materialização? Como nos tocam as noções de tempo, de história? O que distingue desenho expositivo, interiores, arte ou Arquitectura? Que relação entre Vida e Arte, entre corpo e olhar?

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JUN

DIÁLOGOS ÍMPARES #3 — Os Leques Japoneses

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Leque, séc. XX. Papel e madeira. Aguarela s/ papel, 24 x 36 cm. Acervo Museu da Cidade | Coleção Casa Vitorino Ribeiro

Remontando à Antiguidade, os leques são objectos icónicos que têm acompanhado a evolução das sociedades. Se alguns historiadores situam o seu surgimento com o do homem, outros sustentam que foi no Japão o local aonde pela primeira vez foram criados. Objecto carismático por excelência na cultura japonesa, desde sempre é carregado de simbolismo e significado artístico, cultural, decorativo e religioso e acompanha a vida dos japoneses, desde o seu nascimento até à sua morte. De diferentes estilos, distinguem-se duas correntes distintas, o estilo Uchiwa, de superfície plana e rígida, e o Ogi, os leques dobráveis e, por isso, mais fáceis de transportar. Ambos reflectem a apurada estética japonesa impressa na delicadeza subtil de uma sociedade tão particular quanto insular.  

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MAI

DIÁLOGOS ÍMPARES #2 — Gabinetes de curiosidades e museus de história natural: paralelos, divergências e futuros

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Ilustração © Daniel Silvestre

Herdeiros das tradições, práticas e métodos colecionistas dos gabinetes de curiosidades, os gabinetes/museus de história natural representam uma considerável rutura epistemológica com os seus antecessores. Embora alguns dos seus objetos, espécimes e coleções sejam partilhados entre si, as suas funções, usos e impacto na sociedade são consideravelmente diferentes. Partindo do exemplo das coleções biológicas do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto, traçaremos os paralelos entre estas duas singulares formas de colecionismo, daquilo que as diferencia e distancia, e qual os futuros usos e necessidades a que poderão responder.

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MAI

DIÁLOGOS ÍMPARES #1 — Do Museu Allen ao Museu Municipal do Porto: Tensões, Contradições e Narrativas que Acompanharam a Sua Evolução

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Interior do Museu Allen - Rua da Restauração. Foto Guedes. F-NV/FG-M/11/160. Arquivo Histórico - Casa do Infante - Museu da Cidade

Foi na cidade do Porto, no segundo quartel do séc. XIX que foi fundado em Portugal o primeiro museu a abrir as suas portas ao público. O Museu Allen, como ficou conhecido, e o seu conturbado percurso, que viria a culminar na criação do Novo Museu Portuense, de matriz municipal, protagonizou um intenso debate sobre o papel do museu público na cidade do Porto enquanto instituição reformadora e civilizadora que haveria de marcar de forma indelével a museologia portuense nos finais do século XIX e início do século XX.

 

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