Plataformas Públicas
QUE MUSEU DA PARA A CIDADE, QUE CIDADE PARA O MUSEU?
Dada a ampla extensão e disseminação do Museu pelo espaço da Cidade, a amplitude das épocas cobertas pelos seus edifícios e espaços verdes e a relação que pode ativar entre a sua área de ação e outras áreas do conhecimento – como o ambiente e o urbanismo, por exemplo -, o Museu pode constituir-se como uma ferramenta privilegiada para compreender a evolução da cidade, as suas lógicas e dinâmicas, a sua respiração, as suas circulações subterrâneas, ou seja, aquilo que nela é visível e aquilo que não se deixa ver.
Queremos que o MdC seja muito mais do que um espaço de representação da cidade; queremos que seja um lugar de problematização e de discussão do espaço público, um fórum onde se produz cidadania, onde ouvimos e falamos, onde fazemos escolhas.
Estas plataformas públicas assumem uma geometria variável: podem ser mesas para conversar e projetar, auditórios para ouvir e partilhar questões e assembleias abertas em forma circular para debater.
MESA
JUL
Plataforma Pública 001
Natureza-Museu
Com Eglantina Monteiro, Francisco Adão da Fonseca, João Sousa Cardoso e Nuno Faria.
02
2 JUL 2020 18:00–19:00

Os três curadores das plataformas juntam-se na Casa Tait para conversar sobre o museu-em-construção e as problemáticas que o circundam.
Em tempos de pandemia, esta gravação é um convite para assistir e partilhar comentários e questões na sequência da Ata 1 do Gabinete Atmosférico.
AUDITÓRIO
NOV
Plataforma Pública 001
Alter-Natura:
podemos ser outros
do que somos
Alastair Fuad-Luke
05
5 NOV 2020 18:00–19:00

Gravado na Casa Tait, o primeiro Auditório do Museu da Cidade propõe ouvir a perspetiva de Alastair Fuad-Like sobre as novas possibilidades de experimentação de conceitos e perspectivas tangentes à filosofia e ao design.
Em tempos de pandemia, este é um convite para assistir e partilhar comentários e questões na sequência da Ata 2 do Gabinete Atmosférico.
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DIÁLOGOS ÍMPARES
JUL
Plataforma Pública 008
DIÁLOGOS ÍMPARES #8 - Murais do Silêncio
Com José Almeida Pereira | Moderação de Nuno Faria
06
6 JUL 2022 19:00–20:00

José Almeida Pereira, Pintura mural, 2021. Tinta acrílica. Segundo Trabalho N.º 172, Emma Kunz
A partir da proposta de representar iconográfica e trans-temporalmente o espírito romântico na pintura, foram realizados murais na Extensão do Romantismo que evocam várias(os) artistas cuja pulsão criativa advém do desejo de manifestar um invisível associado ao sublime. Interpretações deste imaginário são a oportunidade de criar pinturas onde escala, composição, técnica e gesto lançam um repto às noções de original, cópia e autenticidade. Uma procura da potência das imagens, não na sua origem, mas no seu destino.
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Plataforma Pública 007
DIÁLOGOS ÍMPARES #7 - Moedas e medalhas da coleção João Allen: de uma curiosidade do Romantismo à sua atual importância histórica e patrimonial
Com Rui Centeno | Moderação de Filipe Teixeira
29
29 JUN 2022 19:00–20:00

Bracteata Tipo Siracusano 2.ª Idade do Ferro (post. 400-370 a.C.) Ouro 4,8 x 43 mm. Acervo Museu da Cidade. © Vasco Célio | Stills
Neste Diálogo Ímpar contextualiza-se o surgimento da coleção de João Allen na tradição do Grand Tour das elites europeias e do período do Romantismo em Portugal, que estará na origem da fundação do Museu da Cidade do Porto, em 1852. Em sequência, apresenta-se uma breve descrição da coleção numismática, com especial referência à sua dimensão de composição.
É depois tratada a importância da moeda como documento arqueológico, histórico, artístico, tecnológico e mesmo como monumento da cultura material desde o Mundo Clássico. Características que fizeram destes pequenos artefactos objetos muito desejados de coleção. Por último, far-se-á uma abordagem mais detalhada aos exemplares que integram a exposição Metamorfoses: imanência animal, vegetal e mineral no espaço doméstico romântico, conferindo-se um especial destaque à excecional bracteata de ouro fabricada na casa da moeda de Siracusa em finais do século V a. C.
JUN
Plataforma Pública 006
DIÁLOGOS ÍMPARES #6 — Além do Grand Tour: Portugal exótico e pitoresco
Com Lúcia Rosas | Moderação de Marlene Rocha
22
22 JUN 2022 19:00–20:00

Mesa de biblioteca de João Allen, Autor desconhecido, 1830. © Stills I Vasco Célio
Os estrangeiros que visitaram Portugal entre as últimas décadas do século XVIII e os finais do século XIX, e que escreveram ou registaram imagens sobre o país, foram essencialmente viajantes, artistas, escritores, poetas, diplomatas e militares.
Embora não estivesse incluído nos países habituais do Grand Tour, (França, Itália, Países Baixos e Alemanha), roteiro preferido para complemento da educação ou pelo prazer diletante de viajar, Portugal atraía os visitantes. A expectativa de encontrar algo de primitivo e exótico na paisagem monumental portuguesa configura-se como uma das principais motivações destas viagens a Portugal.
JUN
Plataforma Pública 005
DIÁLOGOS ÍMPARES #5 — Liberdade para pintar
Com Maria Aguiar | Moderação de Nuno Faria
15
15 JUN 2022 19:00–20:00

Pormenor "Santo António" (1902), Aurélia de Souza © António Alves
Desde meados do século XIX que os pintores passaram a dispor de inúmeros recursos, graças aos avanços da química, da mineralogia, mas também através do arrojo dos fabricantes de materiais de Belas-Artes. Novas cores enriqueceram a paleta, disponibilizadas em tubos colapsáveis dentro de caixas transportáveis; as tintas ganharam maior pastosidade e brilho; os suportes pictóricos diversificaram-se o suficiente para trazer os artistas para o exterior dos estúdios; os equipamentos e acessórios asseguraram o seu conforto. Por fim, os pintores podiam dedicar-se plenamente ao ato criativo, descomprometidos dos laboriosos trabalhos preparatórios que esta arte impunha. E de tudo isto, Aurélia de Souza foi exímia a tirar partido.
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Plataforma Pública 004
DIÁLOGOS ÍMPARES #4 — O “efeito Museu”
Com Luis Tavares Pereira | Moderação de Nuno Faria
08
8 JUN 2022 19:00–20:00

Elementos expositivos "Metamorfoses”, [A] Ainda Arquitectura, 2022
Os suportes expositivos concebidos para a nova montagem do Museu da Cidade – Extensão do Romantismo, estabelecem uma continuidade entre o espaço doméstico da casa, e dispositivos museológicos de apresentação e valorização das peças da coleção, escusando a recriação de ambientes cenográficos de ‘época’, ou a abstração do cubo branco ou da caixa negra que marcaram o século anterior, num processo de diálogo entre conceito, objeto e contexto. Como se desenvolveu o processo criativo do desenho expositivo, do conceito à sua materialização? Como nos tocam as noções de tempo, de história? O que distingue desenho expositivo, interiores, arte ou Arquitectura? Que relação entre Vida e Arte, entre corpo e olhar?
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Plataforma Pública 003
DIÁLOGOS ÍMPARES #3 — Os Leques Japoneses
Com Ana Cancela | Moderação de Rita Roque
01
1 JUN 2022 19:00–20:00

Leque, séc. XX. Papel e madeira. Aguarela s/ papel, 24 x 36 cm. Acervo Museu da Cidade | Coleção Casa Vitorino Ribeiro
Remontando à Antiguidade, os leques são objectos icónicos que têm acompanhado a evolução das sociedades. Se alguns historiadores situam o seu surgimento com o do homem, outros sustentam que foi no Japão o local aonde pela primeira vez foram criados. Objecto carismático por excelência na cultura japonesa, desde sempre é carregado de simbolismo e significado artístico, cultural, decorativo e religioso e acompanha a vida dos japoneses, desde o seu nascimento até à sua morte. De diferentes estilos, distinguem-se duas correntes distintas, o estilo Uchiwa, de superfície plana e rígida, e o Ogi, os leques dobráveis e, por isso, mais fáceis de transportar. Ambos reflectem a apurada estética japonesa impressa na delicadeza subtil de uma sociedade tão particular quanto insular.
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Plataforma Pública 002
DIÁLOGOS ÍMPARES #2 — Gabinetes de curiosidades e museus de história natural: paralelos, divergências e futuros
Com Luis Ceríaco | Moderação de Nuno Faria
25
25 MAI 2022 19:00–20:00

Ilustração © Daniel Silvestre
Herdeiros das tradições, práticas e métodos colecionistas dos gabinetes de curiosidades, os gabinetes/museus de história natural representam uma considerável rutura epistemológica com os seus antecessores. Embora alguns dos seus objetos, espécimes e coleções sejam partilhados entre si, as suas funções, usos e impacto na sociedade são consideravelmente diferentes. Partindo do exemplo das coleções biológicas do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto, traçaremos os paralelos entre estas duas singulares formas de colecionismo, daquilo que as diferencia e distancia, e qual os futuros usos e necessidades a que poderão responder.
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Plataforma Pública 001
DIÁLOGOS ÍMPARES #1 — Do Museu Allen ao Museu Municipal do Porto: Tensões, Contradições e Narrativas que Acompanharam a Sua Evolução
Com Cristina Pimentel | Moderação de Nuno Faria
18
18 MAI 2022 19:00–20:00

Interior do Museu Allen - Rua da Restauração. Foto Guedes. F-NV/FG-M/11/160. Arquivo Histórico - Casa do Infante - Museu da Cidade
Foi na cidade do Porto, no segundo quartel do séc. XIX que foi fundado em Portugal o primeiro museu a abrir as suas portas ao público. O Museu Allen, como ficou conhecido, e o seu conturbado percurso, que viria a culminar na criação do Novo Museu Portuense, de matriz municipal, protagonizou um intenso debate sobre o papel do museu público na cidade do Porto enquanto instituição reformadora e civilizadora que haveria de marcar de forma indelével a museologia portuense nos finais do século XIX e início do século XX.
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