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Do Prelo ao Protesto: cartazes e panfletos de agitação

Gabinete Gráfico — Biblioteca Municipal Almeida Garrett

© O Homem do Saco

No contexto da exposição Panfletarismo esta oficina recria estratégias de comunicação que foram utilizadas em panfletos de agitação na clandestinidade e em cartazes de eventos no pós-25 de Abril. Será disponibilizado um conjunto de frases e palavras de ordem para serem reconfiguradas e compostas para impressão em prelo tipográfico. A oficina contará também com a presença de dois membros do Partido Comunista Português que irão partilhar a sua experiência na produção e difusão de panfletos na clandestinidade. Serão realizados dois módulos que perfazem um total de seis horas: três horas de manhã para cartazes A3 e três horas de tarde para panfletos A7 impressos em papel de seda de 40grs.

 

O Homem do Saco é um atelier gráfico constituída por Luís Henriques, Ricardo Castro, Luís França, Manuel Diogo, João Lopes e Mariana Nascimento. Procura que cada edição seja um objeto único e distinto, mudando o formato, a letra ou o papel, e tudo em seu redor. Nas edições mais artesanais, plaquetes de 30 a 50 exemplares, um pequeno aforismo, poema ou texto curto e uma ilustração servem de pretexto para livrinhos cosidos à mão, sempre diferentes entre si.  Nos cartazes, o mesmo princípio, sem início, um processo longo e sem fim. Tipografia de caracteres móveis, Risografia ou Serigrafia servem a mão que compõe.  Muitas vezes, a mistura das técnicas. Várias chancelas editoriais fazem o Homem do Saco: Landscapes d’Antanho, Momo, Edições do Tédio, 100 cabeças, troppo inchiostro, entre outras tantas…

 

Rui Silva trabalha como designer gráfico desde 2005 no projeto www.alfaiataria.org, um espaço de corte-e-cose gráfico situado entre o Porto e Lisboa. Licenciou-se na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto onde desaprendeu quase tudo e cultivou o fascínio por tudo o resto. Desde 2007 que tem o prazer de desenhar livros, colaborando regularmente com editoras como a Antígona, a Orfeu Negro e a Dafne. Em 2016 aderiu ao paradigma das materialidades por um período de quatro anos — renovável por tempo indeterminado — e em 2018 inicia um pequeno laboratório de publicação, o Gabinete Paratextual, associado ao Doutoramento em Materialidades de Literatura que está em fase de conclusão com a tese: A condição de ser livro. A publicação como prática artística e o livro como artefacto.

 

Horário

Módulo 1 — 10H—13H
Módulo 2 — 14H30—17H30

 

Inscrições

Gratuito até à lotação de 10 pessoas, inscrições aqui ou em bmp@cm-porto.pt.